O governador da Califórnia, Gavin Newsom, vetou no sábado um projeto de lei que exigiria que todos os veículos novos vendidos no estado apresentassem um breve aviso audiovisual sempre que o motorista excedesse o limite de velocidade publicado em 16 km/h.
O raciocínio de Newsom para rejeitar o projeto de lei foi a preocupação de que uma colcha de retalhos de regulamentações sobre segurança veicular seria criada caso a Califórnia tivesse suas próprias regras separadas daquelas estabelecidas em nível federal, especialmente porque a NHTSA já está avaliando a introdução de medidas inteligentes anti-velocidade, conforme informou a Associated Press.
Se o projeto fosse aprovado, todos os veículos novos vendidos ou alugados na Califórnia seriam obrigados a implementar o sistema de alerta, com exceções para certos caminhões e motocicletas. Os veículos de emergência também estariam isentos.
A proposta de lei 961 do Senado, apresentada pelo senador Scott Wiener, buscava a implementação do sistema de alerta até o ano modelo de 2030. O sistema proposto dependeria de informações de GPS e de uma câmera frontal capaz de ler os limites de velocidade publicados, para determinar o limite de velocidade atual.
Uma regra semelhante já foi introduzida na União Europeia, onde os fabricantes de automóveis têm a opção de instalar um aviso acústico, um aviso de vibração no volante, um pedal do acelerador que requer mais força ou um recurso real de limitação de velocidade.
Um recurso que limita a velocidade de um veículo com base no limite de velocidade publicado foi proposto anteriormente por legisladores na Califórnia e em Nova York, embora não tenha ganhado muita força em nenhum dos estados.
Embora alguns motoristas possam achar esses sistemas úteis, é fácil vê-los evoluindo para algo mais draconiano, especialmente se forem configurados para transmitir informações sobre um veículo em alta velocidade às autoridades ou companhias de seguros.