Os entusiastas de supercarros e os seguidores devotos da Ferrari certamente reconhecem o significado dessas iniciais intrigantes – GTO. Gran Turismo Omologata, também conhecido como Homologação de Grand Touring, representa uma linhagem de prestígio. Cada modelo GTO é cuidadosamente projetado, com o objetivo de criar a máquina de corrida definitiva.
Cada modelo GTO destaca-se como um veículo exclusivo de dois lugares, com tração traseira, fazendo parte de uma série limitada exclusiva de veículos. Ao longo dos anos, a Ferrari introduziu apenas três gerações do GTO. A primeira e mais reverenciada geração estreou em 1962. A segunda geração, projetada para impactar o Campeonato Mundial de Rally (WRC), foi lançada em 1984. Já a terceira geração, revelada em 2010, seguiu um caminho diferente em relação ao automobilismo.
Proprietários de modelos como o 250 GTO ou o 288 GTO frequentemente relatam uma experiência única ao entrar nesses carros clássicos. Os distintos aromas de azeitonas e gasolina cumprimentam os sentidos, enquanto o motor, ao ser ligado, mistura esses aromas com o rugido característico do motor de engenharia italiana.
### Nascido para Correr
Por muitos anos, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) aderiu a uma filosofia consistente, exigindo que os fabricantes de carros produzissem um número designado de um modelo específico adequado para uso nas ruas antes de competirem. Isso levou a um drama na sede da Ferrari quando a empresa tentou competir contra rivais notáveis, como o Shelby Cobra, Jaguar E-Type e Aston Martin DB214, no mesmo campeonato. A tensão atingiu o ápice quando Giotto Bizzarrini, o visionário por trás do 250 GTO, e sua equipe foram supostamente expulsos do escritório da Ferrari após uma disputa acalorada com Enzo Ferrari.
Enquanto Bizzarrini é creditado por criar o design elegante do 250 GTO, seu foco principal era otimizar a aerodinâmica do carro. Ele acreditava que um design aerodinâmico impecável era crucial para aumentar a velocidade máxima do veículo e garantir estabilidade excepcional em altas velocidades. Bizzarrini refinou o design do 250 GTO no túnel de vento da Universidade de Pisa, abordando quaisquer falhas aerodinâmicas. Esses esforços resultaram em um veículo caracterizado por seu perfil alongado e elegante, componentes de carroceria de alumínio, uma modesta entrada de ar frontal para resfriamento e um discreto spoiler traseiro.
Enquanto a Ferrari se preparava para competir, a FIA determinou a produção de 100 unidades do 250 GTO para uso nas ruas. A Ferrari embaralhou os veículos entre diferentes lotes para cumprir as diretrizes, criando a ilusão de conformidade. Na realidade, apenas 39 unidades do 250 GTO foram fabricadas, muitas com diferenças distintas entre si. Apesar disso, a variante de corrida do 250 GTO se destacou em várias competições, conquistando vitórias notáveis no Campeonato Internacional de Fabricantes de GT e no Tour de France Automobile.
### Interessado em uma Nova Série de Corridas
Após um hiato de mais de duas décadas, a Ferrari retomou o conceito Gran Turismo Omologata. Desta vez, a ambição era desenvolver um supercarro de corrida que elevasse o prestígio global da marca. O foco mudou para transformar o infame Grupo B, não na variante de rali lamacenta, mas em uma preparada para corridas de circuito.
Naquela época, a FIA considerava transferir a categoria de rali do Grupo B para o asfalto, evoluindo os regulamentos do Grupo 5. Cativada por essa nova categoria de corrida, a Ferrari alistou engenheiros altamente qualificados e adotou tecnologias de ponta para criar um veículo excepcional. O esforço foi bem-sucedido, resultando no carro equipado com um motor de alta rotação, aceleração excepcional e uma habilidade ansiosa para dominar cada curva.
Construído com uma carroceria de fibra de vidro, o carro cativou não apenas os fãs da Ferrari, mas também os entusiastas de carros, mostrando um desempenho impressionante. No entanto, quando a Ferrari estava prestes a concluir o projeto 288 GTO, a estrutura regulatória na qual deveria competir foi descartada, deixando a empresa sem uma categoria de corrida para seus 272 carros.
Apesar do revés, a experiência adquirida pelos engenheiros foi fundamental. A expertise foi canalizada para a criação do 288 GTO Evoluzione, que serviu como um laboratório móvel. As inovações desenvolvidas para o Evoluzione foram integradas ao icônico Ferrari F40, exibindo as lições valiosas aprendidas durante todo o processo.
### A Queda do GTO
Com o lançamento do 599 GTO em 2010, a Ferrari buscou uma abordagem mais rentável. Apresentado como uma versão atenuada do modelo 599XX, o 599 GTO tinha méritos próprios. Foi o modelo mais rápido da Ferrari na época, gerando lucro e impressionando com seu desempenho no circuito de Fiorano.
Embora tenha sido marcado por um preço significativo, todas as 599 unidades produzidas foram rapidamente vendidas, evidenciando a demanda pelo carro. O 599 GTO representou a terceira e possível última iteração da linhagem, em meio a um cenário onde a categoria de carros Road Racer está diminuindo.
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### Ferrari 250 GTO Corrida a Bordo
Apaixonados por carros clássicos e pela marca Ferrari certamente apreciam a história por trás dos icônicos modelos GTO. De geração em geração, esses veículos lendários redefiniram os padrões de engenharia automobilística e continuam a cativar entusiastas ao redor do mundo. Um legado de velocidade, elegância e inovação que perdura até os dias atuais, mantendo viva a paixão pelos supercarros.