Na segunda-feira, o Departamento de Comércio dos EUA propôs a proibição da venda nos EUA de veículos conectados equipados com sistemas de software e hardware chineses, devido a preocupações de segurança nacional em torno da coleta de dados e à possibilidade de os veículos serem manipulados remotamente.
A proposta de proibição, se aprovada, entraria em vigor a partir de 2026, com a implementação começando nos veículos do ano modelo 2027. Inicialmente, apenas os veículos com software de origem chinesa seriam banidos, sendo estendida para incluir o hardware a partir do ano modelo 2030.
Além disso, a proibição também se aplicaria aos carros autônomos em fase de teste nos Estados Unidos, de acordo com informações da Reuters divulgadas na terça-feira.
Diferentemente da Tarifa de 100% sobre veículos elétricos fabricados na China, que foi implementada pelo governo Biden no início deste ano, a proibição poderá afetar veículos produzidos em países diferentes da China, desde que utilizem tecnologia chinesa em sua composição.
Inclusive, veículos de marcas americanas poderão ser impactados, como o Buick Envision e Lincoln Nautilus, ambos fabricados na China. Além disso, alguns veículos produzidos nos Estados Unidos também poderão ser afetados, como os ônibus elétricos fabricados na Califórnia pela empresa chinesa BYD.
O Departamento de Comércio está abrindo um prazo de 30 dias para que o público envie feedback sobre a proposta, com o intuito de finalizá-la até 20 de janeiro de 2025.
A Reuters também reportou que o Canadá está considerando a implementação de uma proibição semelhante.