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Tenho refletido sobre a proposta de que os Estados Unidos e outros países que emitem grandes quantidades de gases de efeito estufa paguem reparações às pessoas dos países subdesenvolvidos. Inicialmente, isso pode parecer uma ideia terrível, mas decidi explorar essa questão mais a fundo.
Faço parte de uma geração que testemunhou a América em um estado quase perfeito. O Presidente Eisenhower era considerado quase perfeito em sua gestão. As corporações americanas operavam eticamente, e o custo da eletricidade era extremamente baixo. Era uma época em que ser o sexto maior país do mundo era um orgulho.
No entanto, mesmo com essa imagem positiva, não podemos ignorar que o Presidente Eisenhower alertou sobre o “complexo industrial militar” e as injustiças cometidas contra algumas raças. A ideia de reparar as emissões de gases de efeito estufa me enche de horror, mas diante da urgência das mudanças climáticas, é necessário considerar diferentes abordagens.
Minha reflexão inicial me levou a pensar: e se desenvolvêssemos um kit como base para uma micro rede solar?
Este kit teria que ser modular, permitindo a combinação de vários conjuntos para formar um painel solar comunitário. Com um custo limitado a US$ 1.000 por unidade, seria acessível e útil. Além disso, seria importante que todos os componentes fossem fabricados nos EUA e que fossem distribuídos para quem desejasse, em países dispostos a recebê-los.
Imagino que os Estados Unidos poderiam adquirir um bilhão desses kits para distribuição. Apesar do alto custo envolvido, equivalente a um quinto do valor destinado ao combate à COVID, os impactos positivos seriam significativos.
Quais seriam os efeitos dessa iniciativa?
- A América seria vista como uma heroína por muitas pessoas, especialmente na África.
- Empresas americanas poderiam explorar novos mercados em regiões sem acesso à eletricidade.
- Os kits poderiam ser enviados para países em conflito, como a Ucrânia, aumentando a resiliência da população em caso de interrupções na rede elétrica.
- Além disso, essa ação fortaleceria a posição dos Estados Unidos em relação à China e a outros países.
- Países que recusassem os kits teriam que justificar essa decisão perante suas populações carentes, resultando em benefícios de relações públicas para os EUA.
- Com a fabricação dos componentes no país, haveria a criação de empregos e o fortalecimento da indústria nacional de energia solar e baterias.
- Os preços de eletricidade poderiam ser reduzidos para a população em situação de vulnerabilidade.
- Pessoas nos EUA que nunca tiveram eletricidade poderiam receber acesso pela primeira vez, beneficiando grupos tribais, como os Navajo.
- A iniciativa geraria milhares de empregos nos EUA, contribuindo para a recuperação econômica.
- A resiliência de diversas comunidades, tanto nos Estados Unidos quanto em outros países, seria fortalecida.
- A produção dos componentes nacionalmente contribuiria para a redução de preços, seguindo a Lei de Wright.
- A fabricação de componentes atualmente obtidos no exterior, como chips de computador, aumentaria a autonomia e a segurança do país.
- Progressos significativos poderiam ser alcançados na luta contra as mudanças climáticas.
- Além desses impactos, inúmeros outros benefícios poderiam surgir dessa iniciativa.
Agora, convido os leitores a refletirem: quanto custaria e quanto valor teria essa proposta? Suas ideias e perspectivas são fundamentais para enriquecer essa discussão.
Imagem: Um pouco de eletricidade é muito melhor do que nada. Foto da USAID na África via Wikimedia Commons.
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