A Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) revelou que o custo nivelado médio ponderado globalizado da eletricidade (LCOE) de centrais solares de grande escala atingiu 0,044 dólares/kWh em 2023, representando uma redução de 12% em relação ao ano anterior. Esse valor diminuiu 90% desde o início de 2010, sinalizando uma tendência marcante de queda nos custos associados à energia solar.
O relatório da IRENA destaca que esse declínio significativo é resultado de vários fatores, incluindo a redução dos custos de instalação, um aumento nos fatores de capacidade e uma queda nos custos de operação e manutenção (O&M). Em particular, os custos mais baixos dos módulos solares foram responsáveis por 45% da redução do LCOE, seguidos pelos inversores com 9% e pelos hardware BoS com mais 9%.
Além disso, a análise realizada em diferentes países evidencia que o LCOE médio ponderado da energia solar à escala de serviços públicos diminuiu consideravelmente entre 2010 e 2023, variando de 76% nos EUA a 93% na Austrália e na República da Coreia. Países como Austrália e China registraram os LCOEs mais baixos em 2023, com valores de US$ 0,034/kWh e US$ 0,036/kWh, respectivamente.
Por outro lado, países como Índia, Grécia, Canadá e Alemanha apresentaram aumentos no LCOE em 2023, destacando a heterogeneidade das tendências de custos em nível global. A Índia, embora tenha registrado um aumento de 26% no LCOE, ainda manteve uma competitividade significativa em relação a outros países.
O custo dos módulos solares fotovoltaicos cristalinos na Europa também foi objeto de análise no relatório da IRENA, revelando uma diminuição de 93% entre o final de 2009 e 2023. Essa queda nos custos dos módulos, juntamente com a redução nos custos de instalação e operação, contribuíram para a ampla adoção da energia solar em escala global.
Em termos de capacidade instalada, o relatório destaca que a média ponderada global do custo total instalado dos projetos comissionados em 2023 foi de 758 dólares/kW, redução de 86% em relação a 2010 e 17% em relação a 2022. Além disso, o fator de capacidade médio ponderado global para novas energias solares fotovoltaicas em escala de utilidade aumentou de 13,8% em 2010 para 16,2% em 2023, refletindo o avanço tecnológico e a crescente eficiência das instalações solares.
Esses dados evidenciam uma clara evolução no setor de energia renovável, com a solar destacando-se como uma fonte cada vez mais competitiva e sustentável. O investimento contínuo em pesquisa, inovação e regulação adequada é fundamental para impulsionar ainda mais o crescimento e a adoção da energia solar em todo o mundo.
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