O perdão é um princípio central da fé cristã, mas muitas vezes é um dos aspectos mais desafiadores de se colocar em prática. Em 2 Coríntios 2:1-11, o apóstolo Paulo aborda a importância do perdão dentro do contexto da igreja, fornecendo um exemplo poderoso de como o amor e o perdão andam de mãos dadas.
No cerne desta passagem está a história de um crente que pecou contra a igreja de Corinto. Embora a natureza exata da ofensa não seja especificada, ela causou dor e divisão significativas dentro da comunidade (2 Cor. 2:5). Em vez de abrigar amargura ou buscar retribuição, Paulo exorta a igreja a perdoar e restaurar o indivíduo arrependido, destacando várias qualidades-chave do amor no processo.
A primeira qualidade do amor que vemos é sua abnegação. Paulo deixa claro que a ofensa não era primariamente contra ele, mas contra toda a igreja (2 Cor. 2:5). Isso reflete o princípio bíblico de que quando um membro do corpo de Cristo sofre, todos nós sofremos (1 Cor. 12:26). O verdadeiro amor não busca seus próprios interesses, mas sim o bem da comunidade (1 Cor. 13:5).
Em segundo lugar, o amor é marcado pela compaixão. Paulo reconhece que a ação disciplinar tomada contra o ofensor havia sido suficiente, e agora era hora de perdoá-lo e confortá-lo, para que ele não fosse “sobrecarregado por excessiva tristeza” (2 Cor. 2:7). Isso se alinha com a instrução em Gálatas 6:1 para “restaurar (aquele que foi pego em pecado) em um espírito de gentileza”. O amor não se deleita em punição, mas deseja restauração.
A terceira qualidade do amor demonstrada nesta passagem é sua obediência à Palavra de Deus. Paulo testa a disposição dos coríntios de se submeterem às Escrituras inspiradas, que chamam a igreja a se engajar no processo de disciplina e restauração (2 Cor. 2:9). O amor genuíno por Deus é evidenciado pelo desejo de obedecer a Seus mandamentos (João 14:15, 1 João 5:3).
Em quarto lugar, o amor perdoa. Paulo declara que perdoou o ofensor, assim como os coríntios deveriam (2 Cor. 2:10). Isso reflete o ensinamento de Jesus, que instruiu Seus seguidores a perdoar aqueles que os prejudicam, mesmo “setenta e sete vezes” (Mt. 18:21-22). O amor não mantém um registro de erros, mas é rápido em perdoar (1 Cor. 13:5).
Finalmente, o amor é protetor. Paulo adverte os coríntios que sua recusa em perdoar e restaurar o indivíduo arrependido poderia deixá-los vulneráveis aos esquemas de Satanás (2 Cor. 2:11). A Bíblia retrata consistentemente o diabo como um adversário que busca “roubar, matar e destruir” (João 10:10), e o amor reconhece a necessidade de se proteger contra seus ataques. Como 1 Pedro 4:8 afirma, “o amor cobre uma multidão de pecados”.
Essas qualidades do amor – altruísmo, compaixão, obediência, perdão e proteção – não são meramente ideais abstratos, mas estão enraizadas na própria natureza do próprio Deus. O apóstolo João nos lembra que “Deus é amor” (1 João 4:8), e que esse amor é mais claramente demonstrado no sacrifício de Jesus Cristo na cruz (João 3:16, Romanos 5:8).
É esse amor divino que capacita os crentes a perdoar, mesmo diante de profunda mágoa e traição. Como Efésios 4:32 exorta: “Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, como também Deus os perdoou em Cristo.” Quando realmente compreendemos a magnitude do perdão de Deus para conosco, torna-se possível estender essa mesma graça aos outros.
A história do filho pródigo em Lucas 15 fornece uma poderosa ilustração desse princípio. Quando o filho rebelde retorna para casa, o pai não hesita em perdoá-lo e restaurá-lo, até mesmo dando uma festa comemorativa (Lucas 15:20-24). Isso reflete o coração de um Deus que é “lento para irar-se e abundante em amor constante” (Sl. 103:8), e que chama Seu povo para imitar Sua compaixão.
Em última análise, o chamado para perdoar não é meramente um imperativo moral, mas um reflexo do poder transformador do evangelho. Assim como fomos perdoados muito, somos compelidos a perdoar os outros (Mt 18:23-35). O perdão não é meramente uma boa ideia, mas um componente necessário do amor genuíno e do discipulado.
No contexto da igreja, a falha em perdoar pode ter consequências devastadoras, como Paulo adverte os coríntios. Conflitos e amarguras não resolvidos podem fornecer uma porta aberta para o inimigo semear discórdia e divisão (2 Cor. 2:11). Por outro lado, uma cultura de perdão e restauração promove unidade, cura e crescimento espiritual.
Como crentes, somos chamados a ser imitadores de Deus, andando em amor como Cristo nos amou (Ef. 5:1-2). Isso significa que quando fomos injustiçados, devemos resistir à tentação de guardar rancor ou buscar vingança e, em vez disso, estender a mesma graça que foi derramada sobre nós. Pois, ao fazer isso, não apenas honramos a Deus, mas também experimentamos a liberdade e a alegria que advêm de andar na plenitude de Seu amor.
Manter relacionamentos pessoais entre pessoas que um dia se amaram requer muito perdão e compreensão. O amor verdadeiro tem a capacidade de perdurar mesmo quando o relacionamento foi tenso ou danificado.
Quando amamos alguém profundamente, devemos estar dispostos a perdoá-lo, mesmo pelas transgressões mais dolorosas. O perdão não é fácil, mas é necessário para curar e restaurar o relacionamento. O amor deve dar espaço para o perdão, pois todos nós cometemos erros e machucamos aqueles mais próximos de nós. Guardar ressentimento e se recusar a perdoar só servirá para prejudicar ainda mais o relacionamento.
Ao mesmo tempo, devemos estar dispostos a suportar os fardos e as deficiências uns dos outros com paciência e compaixão. Ninguém é perfeito, e precisamos estender a graça aos nossos entes queridos, assim como esperamos que eles estendam a graça a nós. Suportar as falhas e os fracassos uns dos outros é uma marca registrada do amor verdadeiro e maduro.
Em última análise, a escolha de perdoar e suportar um ente querido é profundamente pessoal. Requer vulnerabilidade, humildade e disposição para superar a dor e a decepção. Mas quando fazemos essa escolha, abrimos a porta para a reconciliação, a cura e a restauração do relacionamento. Embora o caminho possa ser difícil, as recompensas do perdão e da compreensão mútua são imensuráveis.
Obinna Ejianya (9News Nigeria – Melbourne, Austrália)
O PEIXE PODRE: ABERTA A LATA DE MINHOCAS DO GOVERNO DO APC E TINUBU SOBRE A RECESSÃO ECONÔMICA DA NIGÉRIA
Assista a este episódio de ISSUES IN THE NEWS na 9News Nigeria com o Conselheiro Especial de Peter Obi, Dr. Katch Ononuju, o Editor da 9News Nigeria, Obinna Ejianya e o Líder do Grupo de Apoio Tinubu, McHezekiah Eherechi. A crise econômica e as dificuldades na Nigéria são partes da discussão. Assista, deixe seus comentários e compartilhe para aumentar a conscientização sobre esse assunto.
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