António Félix da Costa conquistou sua terceira vitória em quatro corridas na primeira parte do E-Prix de Portland, enquanto os principais protagonistas do campeonato da Fórmula E enfrentaram dificuldades.
Mitch Evans foi o vencedor na pista, mas uma penalidade de 5 segundos após uma colisão com Jake Hughes, da NEOM McLaren, na quinta volta, o fez cair para o oitavo lugar. A colisão deixou Evans com danos na asa dianteira e Hughes com um pneu furado, minando suas chances de disputar a vitória.
Evans classificou a penalidade como “absolutamente vergonhosa”, insistindo que Hughes o atacou enquanto ele mantinha sua posição.
Parecia que o companheiro de equipe de Evans na Jaguar TCS Racing, Nick Cassidy, seria o vencedor, adotando a estratégia que funcionou em Berlim, poupando energia no pelotão antes de avançar para a liderança. Saindo em 12º lugar, ele precisou de apenas 12 voltas para chegar à frente e estava liderando na penúltima volta da corrida de 27 voltas quando perdeu o controle na curva 11, rodando e entregando a liderança para Evans e da Costa.
O pole position Evans perdeu a liderança logo no início para Hughes, acompanhando de perto da Costa e Cassidy enquanto eles trocavam a liderança após ativar o Modo de Ataque. Ele ultrapassou da Costa na volta 24 e teve permissão para disputar a liderança com Cassidy, apesar da penalidade, sendo a pressão exercida que levou ao erro de Cassidy e custou-lhe a vitória.
Com Cassidy e Evans perdendo a vitória, seria a oportunidade perfeita para Pascal Wehrlein, da Porsche, atacar e recuperar terreno no campeonato, porém, depois de um dia tranquilo, ele acabou em 10º lugar, sendo o último a ativar a Zona de Ataque.
O maior beneficiado do dia ruim para os líderes do campeonato pode ter sido Oliver Rowland, que não competiu devido à doença. Com a falta de pontos de Cassidy e a baixa pontuação de Evans e Wehrlein, Rowland não perdeu tanto terreno para seus rivais como poderia. A posição final de Wehrlein ainda está sob investigação devido a uma colisão com Maximilian Guenther, da Maserati MSG.
Robin Frijns ficou em segundo lugar, conquistando seu primeiro pódio desde o E-Prix de Diriyah em fevereiro, com Jean-Éric Vergne em terceiro, assumindo a liderança na volta 17 após largar da sétima fila no grid.
Edoardo Mortara conquistou o melhor resultado da temporada da Mahindra, terminando em quarto lugar, à frente de Nico Mueller e Jake Dennis (Andretti), da Abt Cupra.
Sam Bird terminou em sétimo pela McLaren, à frente de Evans penalizado, com Stoffel Vandoorne em nono, ambos da DS Penske, transformando um fraco desempenho na qualificação em pontos.
Da Costa encerrou o dia como o primeiro tricampeão do ano – título que ele já teria conquistado não fosse sua desqualificação em Misano em abril – porém, é tarde demais para suas esperanças de campeonato após um início ruim na temporada.
Cassidy mantém a liderança do campeonato, com a vantagem sobre Wehrlein agora em 24 pontos, faltando três corridas para o fim. Evans está três pontos atrás, com Rowland, ausente, ainda na disputa matemática com 131 pontos.
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